A voz do mundo
A voz do mundo
é triste da dor que existe e resiste, contida aprisionada recolhida no silencio da fala de cada sopro de vida de quem não tem a dizer nada a não ser: - Ouça a solitária voz da minha alma. A voz do mundo é apressada corre atrás do tempo que aparentemente passa e não percebe o momento perdido escondido entre uma e outra cena entre uma e outra palavra e acena: - Não posso ouvi-lo agora, ligue para mim noutra hora. A voz do mundo é doente do corpo e da mente que grita estridente de doer o ouvido de deixar comovido o coração mais ausente. Não conhece os caminhos da cura e a procura de um milagre clama: - Livra-me deste mal, tira-me desta cama. A voz do mundo é cega ignora e nega aquilo que não enxerga tem olhos atentos para a mais densa matéria e não pensa nas leis que regem a nossa existência busca fora, a riqueza esquecida em sua essência e não tem ciência do potencial Divino adormecido em seu ser e fala: - Se existe outra vida quero vivê-la para crer! A voz do mundo é violenta feita de gritos e gemidos de gente que não mais agüenta a dor de corações oprimidos pela crueldade humana pela guerra, diária e urbana que mata e engana silenciosamente e que de maneira insana destrói a esperança ainda semente e desconversa: - isso não é comigo...quero ser seu amigo... (amigo ?) A tristeza, a violência, a doença, a cegueira e a pressa... essa aflição que não cessa desaparecerá ao longo do tempo e seu lamento não mais se ouvirá. A voz do mundo seguirá atravessando o grande funil em seletiva transição tal como nunca se viu em dolorosa e necessária transformação...
Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 08/01/2009
Alterado em 15/01/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |