Quando a vida para
E’ como um intervalo de tempo E’ o aparente cessar do movimento das horas E’ não existir o lá fora, nem o distante. E’ apenas o sopro constante do agora de um corpo de sentimento. E’ sentir cada membro pedaço e parte do que sou, revivendo lembranças, tantas quantas as células de energia que noite e dia me mantém aqui sem aflição. E’ a pausa para recapitular E’ chance de olhar com amorosa visão os cenários, o elenco, o enredo de nossa historia sem medo. E’o inevitável e atento perceber das escolhas. E’ o inevitável lamento de percorrer entre as folhas que ficaram pelo caminho como sonhos desgarrados pelo vento. E’ o inevitável e alegre Reconhecer entre as folhas que mantiveram-se vivas renovadas a cada estação a cada novo grão um novo sentido para a vida. Quando a vida para é que enxergamos que somos a semente, a arvore e fruto. E’ que lembramos que somente o amor nos leva do aparente nada a sermos tudo. Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 25/07/2009
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