O amor resiste
O sol queimando miolos Meus olhos não crêem no que vêem O crime, a curva, a colisão O filme, a chuva, o palavrão O medo em cada esquina A solidão contando seus mortos O Haiti contando seus corpos Ai de ti e da tua desumanidade Enquanto isso Em algum canto da cidade O amor nasce, feito bondade sem pranto e risco A violência calando bocas Meus versos não emudecem, nem envelhecem O perfume, a fuga, a traição O ciúme, a culpa, o perdão A lágrima em cada despedida A solidão contando seus dias As suas mãos ficando mais frias Ai de ti e da tua desumanidade Enquanto isso, em algum canto do país O amor nasce, aprendiz Sem pranto, puro e feliz Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 28/12/2010
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