Estação esperança
As estações se sucedem Quem sobe? Quem desce? Uma após outra o trem segue seu trilho fiel ao seu curso A margem do discurso ou do susto somente governo minha viagem sou passageiro e paisagem refletida, através da janela somente no escuro do túnel O mudo trajeto de muitos lugares vagos de raros e vagos olhares parece feito pra pensar até o sol ofuscar sem piedade e afeto a visão da cidade lá fora avisando a chegada e a hora Da Praça da Àrvore à Santana quem acredita em campanha, se engana Caminhando até a urna, pensava... votar e voltar pra casa No trem de volta pela porta uma mãe pela mão uma filha pela outra, uma sacola de roupa Sentada ao meu lado, observo calado a menina que olhava a cidade lá fora perguntei sem demora, pelo nome e idade Maisa, três anos diz a mãe orgulhosa cabelos de cachos castanhos com laços vermelhos nas mãos pequeninas de dedos pintados balinhas coloridas e pequenos brinquedos doce recheio da vida... Enquanto a menina de olhar triste parece sonhar com um mundo que mal sabe se existe sua mãe prepara a descida na próxima parada E lá vão as duas, plataforma afora distantes do barulho das ruas indiferentes à eleição lá fora A pequena Maisa, um dia saberia que naquele dia aconteceria algo diferente a nação em fim teria uma mulher presidente! Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 28/12/2010
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