Pássaro
Sou um pássaro de fogo, visito continentes desaparecidos, cumes cobertos, escondidos pela neve, árvores centenárias, sacudidas por chuvas diárias e breves. Sobrevôo alegres corredeiras, cristalinos lençóis, planícies inteiras, enfeitadas de amarelos girassóis. Sou um pássaro azul da cor da minha morada. Ela e grande e bonita, vista daqui parece iluminada, vista daí parece condenada. Porém, sou um pássaro que acredita que ela irá sobreviver e que se a tratarmos com carinho, continuará a ser nosso acolhedor e amado ninho. Sou um pássaro livre, que traça sua rota nos caminhos invisíveis do vento. Que sonha e vive intensamente cada momento. Que toca em frente com o coração ileso e quando o peso da tirania sufoca a liberdade aprisionando a mente, enche o peito e do seu jeito sente. Que canta o amor com alegria e vontade renovada, na forte tempestade, na fina garoa, no sol do meio-dia e na fria madrugada. Sou um pássaro de luz, visito os seres esquecidos banidos da vida. Os lugares escuros e tristes onde o impuro ainda existe. Recolho das dores as lagrimas e a alma ferida. E onde a maldade ainda habita, meu olho percorre e observa a erva daninha crescendo vizinha, semeando a treva, desafiando o bem. Além da aparência, meu olho percebe também a Lei Cósmica, a Divina Ciência que arrepia e fascina e que tudo ordena e destina Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 28/12/2010
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