O silencio
Semelhante ao silencio da alma é a presença encantadora e calma de minha avó sorrindo pra mim aparentemente só, sentada ali na pedra de seu jardim Semelhante ao silencio da noite é o adormecer das matas livres do açoite dos ventos protegendo da névoa fria generosamente, os seres exaustos dos tormentos do dia Semelhante ao silencio da solidão é o caminhar pela cidade vazia revisitando na memória, os anos, os meses e as idades do calendário da vida e descobrir por vezes nossa história presente e viva Semelhante ao silencio dos grandes lagos é o acolhimento feito de coração aberto de riso franco, amigo e direto de um olhar de quem vê além do que está perto de quem vê abundancia em meio a aridez do deserto de quem ouve a eterna sinfonia executada a cada instante com silenciosa harmonia no palco do universo Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 26/01/2012
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