Palavreando
Meu chão é a palavra escrita, falada e cantada. Chão por onde corro, por onde escorro, por onde um dia criei raízes e construí cenários, países imaginários, heróis lendários que morriam pela espada. Hoje nada disso me ocupa, nenhuma ilusão, nenhuma culpa, cuido do mundo real. Do chão sobre o qual, a cada passo faço minha auto descoberta, construindo caminhos, que me levam cada vez mais para dentro de mim. Estrada aberta para minha essência. E assim a encontro sempre ali como se a minha espera, no tempo certo, nem longe, nem perto, a palavra. A palavra, em conto, em imagem, em rosto, em musica, em sentimento, em um doce momento de paz, em grito, em choro, pedindo socorro. A palavra sem controvérsias, sem covardia. Perdoe a imodéstia mas não há moléstia em amar a poesia, em fazer da palavra meu chão de todo o dia. Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 27/11/2013
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