A partida
Não me tira deste chão deste riachão de águas claras e mansas de aves em abundância e dias de verão Lembranças não devolverão o barracão que guarda os pedaços da minha infância e dos anos que cansei de contar... Pisa leve meu coração é feito desta terra e observe as sementes que ainda planto neste canto do planeta São presentes que embalam tanto os sonhos quanto as estrelas do céu Céu aqui na serra, tão pertinho de minha cabeça que por mais que pareça infinito, o sinto com tal delicadeza e encanto, quando sol se põe como um manto colorido, feito bordado de mãe... Tal qual meu olhar que se estende sobre a floresta berçário natural do verde que cobre e corre em cada folha em cada tronco, em cada fruta, em cada bicho da mata Que vibra em cada artéria do meu corpo e em cada sopro de vida Contente sigo aqui, até um dia em que o vento amigo soprar diferente na minha direção Saberei então, que a hora estará perto Só peço, poder me despedir dos seres que me cercam Dormir e acordar na outra margem do rio depois da ponte, onde há um novo horizonte Sei que lá tem campos floridos de cores e flores ainda mais belas Sei que há almas amigas a minha espera Sei que irei aprender e começar uma nova primavera... Mando de lá um recado pra você e aviso quando vou voltar Só não posso precisar a hora e o lugar mas sei que vai ser perto da mata ou perto do mar... Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 07/12/2013
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