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Gotas escorrem como lagrimas pelo para-brisa enquanto mortes ocorrem no transito paulista É dor que não avisa dia, hora e lugar e a julgar pelos números inúmeros não voltam pra casa Aqui se morre e se mata também de bala por qualquer vintém feito terra de ninguém Aqui o valor de cada vida pode ter um preço sem tão pouco ter o devido apreço até por quem a tem e não a valoriza Aqui a maldade e o risco dividem o espaço com o lazer e o trabalho Talvez por isso não há tempo que nos permita um atalho olhar pro lado e ter um olhar diferente pra vida Mas lembre debaixo de chuva em qualquer curva do caminho haverá um coração sozinho esperando por sua volta Gota de chuva feita lágrima de saudade que de qualquer ponto da cidade escorre solidária pelo para-brisa Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 15/11/2015
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