Comunicação Mediúnica I
Tudo ficou distante Quem sou? Minha vida? Quando as pessoas chegam é como se acendesse uma luz Eu as vejo mas não as reconheço algumas choram muito Lembro-me do impacto na minha cabeça Da queda Dos gritos De ter saído de mim De ter ficado um tempo fora e voltado diferente ainda não totalmente Na maior parte do tempo estou imerso na escuridão Como se fosse um sono sem fim mas não o é, sei que não Não enxergo meu corpo Eu mesmo quase não o sinto Parece que o tempo parou lá fora Como se eu existisse só para mim Passei horas ou dias neste estado Não sei ao certo quanto tempo Pensando em nomes O único nome que surgiu na minha mente: Carlos Seria meu nome? Não sei, não sei Não sei, é a resposta mais comum às minhas indagações Nada ouço Tudo que passa diante de mim são cenas rápidas, sem cor As vezes sinto tocarem minhas mãos Não vejo os rostos Sinto apenas suas mãos Algumas grandes Algumas pequenas Outras quentes Outras úmidas e tremulas Nada vejo, nada ouço nesses momentos Apenas as sinto tocando as minhas mãos as vezes tocando meu rosto Sinto que estão ali, bem diante de mim No máximo vejo cores e luzes e isso me faz bem Sinto que algo está por acontecer Intuo que seja bom Com o passar do tempo não saberia dizer o quanto Aprendi a confiar e esperar Apenas quero que saibam Que estou vivo E que em algum dia desses vou acordar... 25 JAN 2016 07:45H SÃO PAULO - SP Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 25/01/2016
Alterado em 25/01/2016 |