O senhor dos sonhos
Sou da mesma natureza do vento Como um sopro inesperado Com a mesma sincronicidade de um rebento que nasce maturado pelo tempo Não posso ser visto tocado ou ouvido Como um desejo duvido que todos me levem a sério Normalmente passo despercebido A realidade quase sempre se impõe Porem a conquista sempre será para quem acredita Nasço Do olhar de alguém perdido em algum ponto do entardecer Do brilho solitário das luzes da noite Das viagens noturnas pelos corredores do passado Do cheiro de mato que o dia desperta Do rio que desce e corre pelo meio da serra Nasço Dos horrores e das dores da guerra Dos tambores e das vozes que brotam da terra Nasço de cada gesto de bondade De cada semente, árvore e flor Do gosto de morar junto ao mar Da lágrima de saudade E nasço especialmente da descoberta do amor... Inspirado pela frase do poeta português Sebastião da Gama: “Pelo sonho é que vamos”, no calçadão da Praça do Bocage – Setúbal - Portugal Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 26/08/2018
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