Rosa dos Ventos
Quando escrevo vejo a vida ao redor com um olhar sereno Converso comigo e não digo o que sinto Fica em segredo até virar poesia Como um rochedo que tendo o universo a contemplar Imerso na areia converso com um mar imaginário Poetizar é ofício diário É lidar com o extraordinário A vida vista por dentro tem tanto de essência quanto vista por fora tem de impermanência Ter uma pequena noção de sua infinita beleza Nos permite avançar para além do limiar de sua luz para além do ecoar de seu zunido Tudo para captar seu verdadeiro sentido Sigo por mares desconhecidos Perseguindo sonhos nascidos de uma alma inquieta Em rota aberta busco novos horizontes Novos lugares novos luares novos ventos para viver uma nova história Vou por este solo estrangeiro como um passageiro A navegar entre dois mundos Atento aos sinais e senhor do meu tempo De olhar esperto na busca de um cais Que ao certo não será o último Pois temos o mundo inteiro para preencher a alma deste velho marinheiro Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 16/09/2018
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