IMPERMANÊNCIA
Já não escolho palavras apenas as colho Já não percorro caminhos apenas descubro Já não me alimento de sonhos apenas vivo Já não procuro respostas apenas penso Já não conto as horas apenas aguardo Já não falo tudo que posso apenas o necessário Já não espero elogios apenas faço o que devo Já não olho por olhar apenas observo Já não atravesso oceanos apenas deixo minhas pegadas nas praias Já não conto as estrelas do céu apenas me basta o luar da noite Já não tenho receio pelo amanhã apenas ele será sempre o hoje Já não acumulo livros de papel apenas faço download Já não ouço qualquer musica apenas as que tocam meu coração Já não luto por lugar ou espaço apenas tenho o mundo Já não vivo contando moedas apenas me preocupa os tesouros da alma Já não leio horóscopo apenas consulto minha consciência Já não discuto opiniões apenas ideias Já não idealizo o amor apenas é um estado de ser ou não ser Já não me preocupo em ser conclusivo apenas como tudo na vida este poema estará sempre aberto a revisão... Foto: Praia da Figueirinha / Setúbal / Portugal / Junho 2020 Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 02/06/2020
Alterado em 03/06/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |