O TEMPO E A POESIA
Nesses tempos de pandemia me refugio na poesia, percorro seus corredores. Sem euforia. São feitos de quem sabe, são feitos de saudade, feitos do passado. Sem olhar pro lado, encaro lembranças, risos e dores, em já desbotadas cores. E meu olhar segue devagar a desvendar cenários, que ainda consigo guardar, na memória da minha história. Nesses tempos de pandemia me refugio na poesia, percorro seus versos. Universos de palavras feitos do presente, feitos das sementes do agora. E meu olhar segue devagar, a selecionar aquelas que cabem no meu sentimento. E que abrem ainda mais meu coração para o Divino. Surpreso, refino minha busca, e descubro coisas que não percebia mesmo antes da pandemia. Em tempos de pandemia me refugio na poesia, percorro horizontes incertos, ausentes de certezas. Feitos de futuros desertos, feito de dias adversos, que vão do sonho ao pesadelo, da noite infinda ao amanhecer mais cedo. Ainda um enredo inacabado e imprevisível. E o que guarda algum sentido possível e alguma esperança, é o amor à vida, que a poesia alcança, a faz florida e a alumia, com ou sem pandemia. Poema inspirado pela música do genial cantor e compositor
paraibano Chico César: Estado de Poesia. Imperdível: https://youtu.be/hTkmCzBWCMQ Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 17/03/2021
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