OLHANDO AS ESTRELAS
“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito.” Jesus – Evangelho de João – Cap.14
Enquanto não durmo, o negro azul noturno esconde o amanhecer. Como posso emudecer, diante de tamanha beleza?
Quantos olhos estão a olhar as estrelas? Quantos saberão vê-las, como mundos cintilantes, com suas luzes estelares, distantes lares? Quem sabe felizes civilizações.
Como posso emudecer diante de nossa triste realidade? A gravidade se impõe e propõe uma nova atitude. Pouco importa a altitude de nosso orgulho. A ameaça está posta e aposta: como a pedra que rola a encosta, a "grande tribulação" cairá sobre todos nós, dia mais, dia menos.
Veremos que não haverá lugar seguro, no céu, na terra ou no mar. Não haverá muro que fique de pé e apenas a fé não poderá deter o que está por acontecer.
Impossível contorno, passamos do ponto do não retorno. Basta olhar no entorno e constatar: a destruição do nosso lar-escola e a maldade que assola a sociedade humana. Humana? Insana sociedade.
Entramos no estreito corredor da transição, a caminho da grande renovação planetária.
Que separa: os que migrarão, retirados para outras moradas, dos merecedores que seguirão por aqui sua evolução.
Que separa: o ontem do amanhã, e prepara as sementes para as eras futuras. Elas irão nutrir a nova civilização, que irá herdar a Terra do porvir.
Como um aprendiz, volto a observar, as estrelas do céu do meu país.
Quantos olhos estão a olhar as estrelas? Quantos saberão vê-las como mundos cintilantes, com suas luzes estelares, distantes lares? Quem sabe felizes civilizações.
Claudio Lima
“Tenha plena consciência das estrelas e do infinito lá no alto. Então a vida parece quase encantada depois de tudo.” Vincent van Gogh
“Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar”. Vincent van Gogh (1853 – 1890) Foi um pintor pós-impressionista neerlandês. Considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental, criou mais de dois mil trabalhos ao longo de pouco mais de uma década, incluindo 860 pinturas a óleo.
“Ouvir estrelas” Ora (direis) ouvir estrelas! Certo, Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, que, para ouvi-las, muita vez desperto e abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite enquanto a Via Láctea, como um pálio aberto cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, inda as procuro pelo céu deserto. Olavo Bilac (1865 – 1918) Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi Jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro. Considerado o principal representante do parnasianismo no país. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
“Havia um tempo de cadeiras na calçada. Era um tempo em que havia mais estrelas. Tempo em que as crianças brincavam sob a claraboia da lua. E o cachorro da casa era um grande personagem. E também o relógio da parede! Ele não media o tempo simplesmente: ele meditava o tempo.” Mário Quintana (1906 – 1994) Foi poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Conhecido como “poeta das coisas simples”. Seu estilo de escrever era marcado pela ironia, profundidade e perfeição técnica. Suas obras ultrapassam gerações.
Claudio Lima
Enviado por Claudio Lima em 26/11/2024
Alterado em 02/12/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |